Número de falhas na rede de água e esgoto em SP é o maior desde 2020
Número de falhas na rede de água e esgoto em SP é o maior desde 2020 O número de falhas na rede de água e esgoto na cidade de São Paulo é o maior desde 2...

Número de falhas na rede de água e esgoto em SP é o maior desde 2020 O número de falhas na rede de água e esgoto na cidade de São Paulo é o maior desde 2020, segundo um levantamento inédito da TV Globo. Os dados foram obtidos com a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) via Lei de Acesso à Informação. Em 2020, foram registradas 82 falhas que afetaram a distribuição de água e a rede de esgoto na capital. Nos anos seguintes, os números variaram entre 20 e 40 ocorrências. Em todo o ano passado, o total despencou para apenas 7 registros, mas até julho deste ano já saltou para 52. Confira os dados por ano: 2020: 82 falhas 2021: 43 falhas 2022: 33 falhas 2023: 20 falhas 2024: 7 falhas Julho de 2025: 52 falhas Entre as falhas estão vazamentos de água e problemas em bombas que podem deixar imóveis sem abastecimento, apagões em estações de tratamento de água e de esgoto. O levantamento mostra ainda que a região mais afetada da cidade é a Zona Norte, seguida pela Zona Sul e, depois, pela Zona Leste. Procurada, a Sabesp disse que quase 30% das ocorrências informadas são geradas por fatores externos, como falta de energia e furtos ou vandalismo. Também reforçou que sabe da necessidade de renovar a infraestrutura e que está investindo na troca de tubulações, equipamentos e no aumento de monitoramento do sistema. Tipo de falha O engenheiro e professor de infraestrutura urbana do Mackenzie, Antonio Eduardo Giansante, explica que é importante diferenciar quais falhas operacionais são de responsabilidade da Sabesp e quais envolvem outros setores públicos. Tem eventos de falhas que não estão no controle da Sabesp que é, por exemplo, a falta de energia elétrica, o vandalismo que é o roubo de equipamentos de fios, mas tem outros que são de responsabilidade que estão no controle da Sabesp. "Então isso mostra que é uma necessidade de se aumentar o grau de planejamento da manutenção. Ela não pode ser somente corretiva para evitar falhas, precisa ser também preventiva e até preditiva. Ou seja, acompanhar o funcionamento do equipamento, suas variáveis de controle para saber se está na hora de se trocar ou não", afirma o professor. Cidade de São Paulo já registrou 52 falhas na rede de água e esgoto até julho deste ano. Reprodução/TV Globo