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Morre preso internado após incêndio em penitenciária de Marília; número de mortos sobe para oito

Perícia investiga causas de incêndio que deixou 7 mortos na Penitenciária de Marília A Secretária de Administrações Penitenciária (SAP) confirmou nesta ...

Morre preso internado após incêndio em penitenciária de Marília; número de mortos sobe para oito
Morre preso internado após incêndio em penitenciária de Marília; número de mortos sobe para oito (Foto: Reprodução)

Perícia investiga causas de incêndio que deixou 7 mortos na Penitenciária de Marília A Secretária de Administrações Penitenciária (SAP) confirmou nesta segunda-feira (1) a morte de mais um detento vítima do incêndio que atingiu a Penitenciária de Marília no dia 25 de novembro. A morte ocorreu na noite de sábado e o preso era um dos cinco detentos que permanecia internado após o incêndio. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp Com a confirmação desta morte sobe para oito o número de mortos no incêndio que foi provocado por um dos detentos no setor de inclusão da unidade. (Veja mais detalhes de como foi a ocorrência abaixo). Detento que iniciou incêndio em penitenciária de Marília (SP) estava em cela especial por indisciplina Reprodução/TV TEM LEIA TAMBÉM Justiça suspende júri popular de vizinho acusado de matar e esquartejar menino de 10 anos Homem é preso após furtar peças de picanha para comemorar aniversário Idoso é preso suspeito de estupro de vulnerável contra criança de 9 anos Acidente entre moto e caminhão deixa dois mortos em estrada vicinal no interior de SP Ao todo, oito pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas. Entre os feridos, havia também cinco policiais penais. O incêndio O incêndio na Penitenciária de Marília começou no fim da tarde do dia 25 de novembro, por volta das 17h, após um dos detentos atear fogo aos próprios pertences no setor de inclusão. No registro policial, consta que o detento que causou o incêndio estava no setor da inclusão, onde o fogo começou, por "motivos de indisciplina". No local, o preso permanece na cela e só pode sair para "atendimentos, banho de sol ou situações específicas". Ainda segundo o boletim de ocorrência, o detento colocou fogo nos próprios pertences pessoais que estavam na cela, dando início ao incêndio. Ainda não há informações sobre o objeto usado para iniciar as chamas. A fumaça tóxica se espalhou rapidamente, provocando as mortes de sete presos no dia do incidente. Os corpos das sete vítimas do incêndio foram liberados para os familiares. Abaixo, os nomes e idades dos detentos mortos durante o incêndio: 7 presos morrem em incêndio em uma penitenciária de Marília, no interior de SP Doildo Diego Pires - 35 anos Wallace Ferreira Dos Reis - 22 anos Charles Andrey Souto Silva - 44 anos Wender Felipe Maciel - 25 anos Matheus Gregorio Da Silva - 22 anos Caio Vinicius Oliveira - 25 anos Thiago Nascimento De Oliveira - 25 anos A identidade do oitavo detento que morreu no dia 29 de novembro, não foi confirmada pela SAP. Agentes penitenciários iniciaram o combate às chamas até a chegada do Corpo de Bombeiros e do Samu. Equipes do Baep e da Força Tática apoiaram o resgate e a evacuação da área. Segundo a Prefeitura de Marília, as vítimas foram encaminhadas ao Hospital das Clínicas, à Santa Casa de Marília e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul. Dois presos receberam alta médica na madrugada do dia 26 de novembro retornaram à penitenciária; outros cinco permanecem internados. O detento que provocou o incêndio foi socorrido e levado ao Hospital das Clínicas de Marília, onde permanece internado e sob escolta da Polícia Penal. O caso foi registrado como homicídio e lesão corporal. Todos os servidores intoxicados já tiveram alta. Incêndio em penitenciária de Marília deixa 7 mortos e feridos Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)/Divulgação O que dizem as autoridades? Em nota, a SAP informou que instaurou procedimento interno para apurar o caso e que está prestando apoio às famílias dos detentos mortos. A prefeitura destacou que reforçou as equipes de emergência e distribuiu os feridos entre diferentes unidades para agilizar o atendimento. Ao g1, Luciano Carneiro, diretor regional do Sindicato dos Policiais Penais de São Paulo, afirmou que a unidade opera acima da lotação prevista e destacou os riscos estruturais do prédio. Além disso, relatou que a diretoria e os servidores fizeram de tudo para socorrer os internos, o que ocasionou os seis agentes penitenciários feridos. "Nossa primeira função como policial penal, atualmente, é a ressocialização, é manter a ordem pública. Foi um fato muito triste, muito lamentável", conta em entrevista ao g1. A perícia foi acionada e a equipe esteve na penitenciária no dia 26 de novembro, mas ainda não há informações confirmadas sobre a motivação do detento que iniciou o fogo, nem sobre possíveis falhas estruturais e operacionais que facilitaram a propagação da fumaça. Os funcionários da unidade começaram a ser ouvidos no dia 27 de novembro no inquérito aberto pela Polícia Civil para apurar o caso. O g1 questionou o Ministério Público e Defensoria Pública sobre o caso. Em nota, a Defensoria disse que acompanha o caso e que "aguarda a apuração completa dos fatos pelas autoridades responsáveis e se coloca à disposição das famílias para acolhimento, orientação e adoção das medidas jurídicas e administrativas que se fizerem necessárias", diz o texto. O órgão disse ainda que um defensor esteve na unidade na quarta-feira. Já o Ministério Público não se manifestou até a última atualização desta reportagem. Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região